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6 de outubro de 2025

Educação especial e formação continuada: o que a BNCC exige e o que o Brasil ainda não entrega

A inclusão escolar deixou de ser um ideal distante e passou a ser uma exigência legal, ética e pedagógica. No entanto, ao observar a realidade das escolas públicas e privadas no Brasil, uma pergunta se impõe: quem está realmente preparado para educar todos os alunos?

A formação continuada em educação especial é apontada por especialistas, gestores e pela própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como um dos principais caminhos para tornar a inclusão viável e eficaz. Mas os números do Censo da Educação Superior 2022 mostram que estamos longe disso.

Neste artigo, vamos entender o que a BNCC determina sobre inclusão, por que a formação docente precisa evoluir e quais caminhos estão disponíveis para os professores que desejam se preparar de verdade para a educação especial.

Os desafios da inclusão escolar no Brasil em 2025

Mesmo após duas décadas de avanços legais — como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), a Política Nacional de Educação Especial e diretrizes como a própria BNCC — o Brasil ainda convive com práticas escolares que excluem, mesmo dentro da sala de aula.

Alunos com deficiência, transtornos do espectro autista e altas habilidades muitas vezes enfrentam:

  • Aulas não adaptadas
  • Avaliações padronizadas sem critérios justos
  • Falta de acolhimento emocional
  • Recusa velada ou explícita de matrícula

Do outro lado, estão os professores, frequentemente cobrados por resultados sem que tenham tido a devida formação para lidar com as especificidades da educação especial.

Formação continuada em educação especial: o que é e por que é urgente

Formação continuada é o processo de atualização constante das competências e conhecimentos de um profissional ao longo de sua carreira. No campo da educação especial, ela se torna não apenas necessária, mas urgente.

Segundo dados do Censo Escolar e da Pnad Contínua, o número de matrículas de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades vem crescendo ano após ano nas redes regulares de ensino. Mas o número de professores com formação específica na área não acompanha esse avanço.

Entre os desafios mais citados pelos docentes estão:

  • Dificuldade em adaptar materiais e avaliações
  • Insegurança para usar recursos de acessibilidade
  • Falta de estratégias inclusivas para ensinar alunos com diferentes ritmos de aprendizagem
  • Desconhecimento sobre os direitos educacionais desses estudantes

Esses pontos só podem ser superados por meio de capacitações específicas, com foco prático e alinhadas à legislação vigente.

O que diz a BNCC sobre práticas pedagógicas inclusivas

A Base Nacional Comum Curricular é clara: a equidade é um dos seus princípios estruturantes. Isso significa que as escolas devem oferecer oportunidades de aprendizagem a todos os alunos, considerando suas necessidades, contextos e singularidades.

A BNCC afirma que é papel da escola:

  • Identificar barreiras à aprendizagem e à participação
  • Promover adaptações curriculares sempre que necessário
  • Articular com o Atendimento Educacional Especializado (AEE)
  • Utilizar recursos e estratégias pedagógicas acessíveis

Essas orientações exigem profissionais preparados — e não apenas por cursos de graduação genéricos. É preciso garantir formação continuada com foco em educação inclusiva.

Dados do Censo da Educação Superior: quantos professores se formam para a inclusão?

O Censo da Educação Superior 2022, publicado pelo INEP/MEC, mostra que o Brasil teve mais de 9,5 milhões de matrículas em cursos de graduação. No entanto, os cursos específicos na área de educação especial ainda representam uma minoria ínfima do total.

Segundo o levantamento:

  • Apenas 0,6% das matrículas em licenciaturas estão diretamente relacionadas à área da inclusão escolar
  • Menos de 1 em cada 10 professores formados nos últimos cinco anos passou por disciplinas práticas específicas sobre deficiência e estratégias inclusivas

Isso escancara a urgência de ampliar a oferta e a valorização da formação continuada em educação especial, especialmente na modalidade a distância, que permite ao educador estudar sem sair da rotina da sala de aula.

Estratégias inclusivas para aplicar na sala de aula com base na BNCC

A formação adequada permite que o educador compreenda e aplique estratégias inclusivas, como por exemplo:

  • Adaptação curricular: flexibilizar conteúdos e objetivos conforme as possibilidades de cada estudante
  • Avaliação processual: substituir provas tradicionais por registros contínuos e instrumentos diversificados
  • Uso de recursos visuais e táteis: para alunos com deficiência visual, intelectual ou múltipla
  • Organização do tempo: permitir mais tempo para execução de atividades, respeitando o ritmo individual
  • Atividades em pares ou grupos mistos: incentivando a cooperação e a empatia

Essas práticas são apoiadas pela BNCC e fazem parte do repertório de professores que se dedicam a formações especializadas em educação inclusiva.

Como buscar capacitação de verdade em educação especial

Não basta fazer qualquer curso. A formação precisa ser:

  • Oferecida por instituição reconhecida pelo MEC
  • Focada em práticas pedagógicas inclusivas
  • Atualizada conforme a legislação (BNCC, LBI, Política Nacional de Educação Especial)
  • Compatível com a rotina do educador (preferencialmente no formato EAD)

Na UNIFACVEST, os cursos de pós-graduação em Educação Especial são estruturados para professores da rede pública e privada que atuam diretamente com inclusão. Os materiais didáticos são 100% exclusivos: os mesmos professores que escrevem os livros também gravam as videoaulas e elaboram as avaliações. O aluno pode estudar com livros impressos, videoaulas ou ambos — com o mesmo conteúdo em todos os formatos.

Esse modelo de ensino garante mais acessibilidade, autonomia e profundidade para quem deseja se preparar de verdade para a realidade das escolas inclusivas.

Glossário: termos fundamentais para entender inclusão escolar e formação docente

  • BNCC: Base Nacional Comum Curricular. Documento que estabelece os direitos de aprendizagem para todos os estudantes brasileiros.
  • Formação continuada: Atualização constante dos saberes docentes ao longo da carreira.
  • Educação especial: Modalidade que atende alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
  • Inclusão escolar: Prática de garantir a presença, participação e aprendizagem de todos os estudantes, sem exceção.
  • AEE: Atendimento Educacional Especializado, ofertado em salas de recursos para complementar o ensino dos alunos público-alvo da educação especial.
  • Adaptação curricular: Modificação de conteúdos, objetivos ou metodologias para atender alunos com necessidades educacionais específicas.

Quer continuar aprendendo?

O avanço da inclusão escolar depende de professores capacitados, conscientes e comprometidos com a equidade. Mas ninguém nasce sabendo: é por meio da formação continuada em educação especial que os educadores constroem esse repertório.

Se você quer atuar com mais segurança e profundidade na educação inclusiva, conheça os cursos de pós-graduação EAD da UNIFACVEST. Com materiais didáticos exclusivos, flexibilidade de estudos e foco em práticas pedagógicas reais, você se prepara para transformar a escola e a vida dos seus alunos.

Aprofunde esse tema com os conteúdos da UNIFACVEST. Sua próxima formação começa agora.

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